No Wattpad, existe a opção de selecionar um elenco para a história do livro.
Este foi o elenco selecionado para a trilogia La Frontera. Você concorda ou discorda?

Jaqueline Benitez Velásques (Aley Underwood)


Arthur Torres (Leonardo DiCaprio)

Conde (Sérgio Marone)

Alberto Torres - Beto (Bubba Lewis)

Amanda (Giovanna Lancellotti)



Yngrid (Sharon Capó)

Pastor Péricles (Joshua Weigel)

Cristiano Velásquez (Antonio Banderas) 

Agatha (Hillary Duff)

Miguela (Lucila Godoy)

Antonella (Kim Hidalgo)

Daniel (Aaron Carter)

Ramón (Steven Crowder)

Vini (Randy Wayne)




Voltando do trabalho no fim da tarde, ou simplesmente indo observar o lindo por do sol da minha cidade, passo em frente a diversos bares, onde a atração principal dos tais estabelecimentos são as bebidas alcoólicas, tendo como protagonistas a cerveja e a caipirinha.
Geralmente estes lugares estão lotados de homens, de todas as idades, normalmente retornando de um dia longo e cansativo de trabalho, muitos com uniformes de firmas e fábricas, outros sujos de graxa ou concreto, e muitas vezes também há aqueles vestidos socialmente ou os de botas, chapéus e grandes correntes de ouro. Homens de todas as classes sociais, patrões e empregados, pais, filhos, maridos, irmãos, mas com um problema comum: o vício no álcool.
Sempre fico pensando: o que leva esses homens a trocarem o conforto do lar, a companhia da esposa, um banho, um jantar, um sofá e TV, uma família, por ficar junto a outros homens se esbaldando de álcool? O maldito vício, a fuga da realidade.
Todo viciado diz que não é viciado. Diz que pára quando quiser (mas nunca pára), diz que deixa de ir ao bar quando quiser (mas nunca deixa), enfim, pensa que está no mais absoluto controle da situação.
Enquanto isso, quantas famílias destruídas, quantas esposas que choram, quantos acidentes e quanta violência causada pelo álcool, que tem o patrocínio da música (especialmente a sertaneja) e da publicidade, em comerciais de cerveja que mostram sempre gente bonita e feliz. Sem contar a ideia difundida de que macho de verdade tem que beber.
Segundo o bispo Rogério Formigoni, responsável pelo Tratamento para a Cura dos Vícios, "o álcool é a substância psicoativa mais antiga da humanidade. Consumo excessivo traz aplicações no sistema digestivo, podendo resultar em câncer na boca, faringe, laringe e esôfago, atrofia do cérebro, demência, icterícia, teleangioma (ruptura dos vasos sanguíneos da superfície), eritema palmar, varizes abdominais, fluído abdominal, atrofia testicular, pancreatite, edema de tornolzelos, tendência a sangramento fácil, tremor, aumento do braço, cirrose, vasos sanguíneos dilatados, coração aumentado e enfraquecido, etc. Afeta a capacidade intelectual, memória e destrói a vida social e afetiva do dependente."
No site do Tratamento para Cura dos Vícios, encontramos este gráfico:
Quantidade de bebida
Nível de álcool no sangue (g/l)
Alteração no organismo
Possibilidade de acidente
2 latas de cerveja
2 taças de vinho
1 dose de uísque
0,1 a 0,5
Mudança na percepção de velocidade e distância. Limite permitido por lei.
Cresce o risco
3 latas de cerveja
3 taças de vinho
1,5 dose de uísque
0,6 a 0,9
Estado de euforia, com redução da atenção, julgamento e controle
Duplica
5 latas de cerveja
5 taças de vinho
2,5 doses de uísque
1 a 1,4
Condução perigosa devido à demora de reação e à alteração dos reflexos.
É seis vezes maior
7 latas de cerveja
7 taças de vinho
3,5 doses de uísque
acima de 1,5
Motorista sofre confusão mental e vertigens. Mal fica em pé e tem visão dupla.
Aumenta 25 vezes

Obs: Dados referentes a uma pessoa de 70 quilos e que variam conforme a velocidade de ingestão da bebida e o metabolismo de cada indivíduo.
Preocupante, não é mesmo?
Como a maior parte do público deste blog é de jovens, aí vai um alerta. Se você, moça, tem um namorado que gosta mais de cerveja do que de você, troca sua companhia por companhia de amigos de copo em bares, não pense que ele vai mudar se vocês se casarem. Você vai fazer parte do time de esposas frustradas, muitas vezes violentadas, que sofrem as consequências de ter um marido viciado em casa. Repense seu relacionamento.
E você, rapaz, não precisa de álcool para se divertir ou ser mais homem. Quem tem personalidade sabe que não precisa recorrer a este tipo de recurso para ser feliz e ter amigos verdadeiros.
Leia também: A Música e o Álcool

Eu fiquei tão indignada que ia escrever um mega texto falando sobre o que achei do livro: "Entre a Mente e o Coração" da autora Lycia Barros. Mas achei um texto no site Janela Literária Cristã, com o qual eu concordo em grau, número e gênero e isso me poupou de rasgar o verbo sobre essa obra.
Quando se fala sobre algo entre a mente e o coração, você logo imagina uma batalha árdua entre o certo e o errado, mas não é o que acontece nesta história, onde o errado prevalece o tempo todo, disfarçado de certo.
É penoso e muito triste ver os comentários de jovens cristãos que leram este livro e demonstram ter pouca ou nenhuma maturidade e discernimento espiritual, tomando esta obra como exemplo para suas vidas.
Em uma entrevista, a autora mostra que tem como inspiração a escritora norte-americana Francine Rivers, que na verdade é inspiração para quase todo mundo que resolve escrever ficção cristã. A diferença é que, numa história de Francine, como a conhecidíssima Amor de Redenção por exemplo, há realismo espiritual, há fé, há discernimento, há uso concreto da Palavra de Deus, portanto, mesmo que hajam cenas de sexo e violência, isso acaba sendo o de menos, diante da mensagem puramente redentora que o livro passa.
Infelizmente, muitos autores cristãos adotam a liberdade de incluir sexo e violência em seus livros ("já que a Francine Rivers pode, eu também posso") mas esquecem que, se estamos falando de ficção cristã, o foco é a Palavra, a Salvação, o Espírito. Não se pode confundir liberdade com libertinagem, e se aproveitar da situação para colocar a mensagem do evangelho em segundo plano.
Lendo entrevistas com Lycia Barros e Francine Rivers, fica evidente a diferença entre o ponto de vista de ambas:
Seu livro “A Bandeja” já foi considerado um “romance gospel”. Para quem ainda não conhece o gênero, o que isso significa? O que esperar de um romance assim?Lycia: Este é outro motivo pelo qual sou muito comparada com o autor Nicholas Sparks, pois sempre falamos de Deus em nossos livros. Na verdade, embora os dramas e romance sempre sejam os temas principais das minhas obras, sempre falo um pouco da importância de se ter uma vida espiritual. Acho que o jovem contemporâneo não pensa muito nisso, mas quando leem sobre o assunto, recebem as mensagens superbem. Recebo milhões de e-mails deles falando sobre como algum de meus livros os transformou de alguma maneira, isso é muito gratificante.
Qual a diferença entre um "escritor cristão" ou um cristão que escreva?
Francine: Um cristão que escreve pode tecer princípios cristãos na história, mas o trabalho pode se suportar quando esses elementos são removidos. Um escritor cristão é chamado a apresentar uma história que é toda sobre Jesus. O Senhor é o fundamento, a estrutura e a Escritura tem tudo a ver com a criação e o desenvolvimento dos personagens na história. Jesus é fundamental para o tema. Se você remove Jesus e os princípios bíblicos da novela, ela entra em colapso.
Agora acompanhe a crítica do site Janela Literária Cristã:
Entre a Mente e o Coração” conta uma história diferente do ponto de vista de Rico, aqui, ele aparentemente “se converte”, assim como no final de “A Bandeja” e começa a conversar com a chefe dos missionários, Ana. Os dois se apaixonam perdidamente e começam a viver uma história de amor. Até aqui não temos nenhum problema, certo? Mesmo ele sendo um recém-convertido, nada impeça que ele se apaixone pela missionária. O problema está exatamente na construção desse relacionamento, o que temo ser um tremendo mau exemplo para as moçoilas que deram 5 estrelas para essa história no Skoob (o que foi a maçante maioria e tenho esperanças de que não sejam cristãs), sem ao menos tentar refletir claramente sobre ela.
A questão é que esta resenha não é um apanhado julgador do caráter dos personagens e sim o fato dos mesmos envolverem doutrinas bíblicas para justificar suas atitudes, mesmo não estando corretas assim. Sendo mais clara, que bom exemplo podemos tomar com uma história de uma missionária que aceita a estadia na casa do sujeito pelo qual ela está fortemente atraída? A Bíblia é clara quando enfatiza que devemos fugir das tentações da mocidade e neste caso, morar na casa do homem que gosta antes mesmo do casamento não seria uma boa saída, certo?
Rico, apesar de se dizer convertido, ainda tinha pensamentos completamente mundanos na sua cabeça, afirmava claramente o quanto achava que o corpo de Ana era delicioso e que ela não iria se “entregar” facilmente como as outras (ele falava, sem ao menos mencionar a palavra “casamento”), assim como ele também vivia atiçando a garota que dormia várias noites ao seu lado, deitada em seu peito. O pior é que Ana, ao invés de se ligar e fugir dessa cilada, achava fofo e engraçado quando Rico soltava algumas cantadas sujas sem ao menos ter algum tipo de arrependimento disso. Eu tentei largar esses preceitos de lado porque acreditava que a história iria mostrar que eles estavam errados e que Rico precisava se firmar mais na fé igual aconteceu com Angelina, o que não foi o ocorrido. Seguimos até o final com a ideia de que tudo foi normal e justificável.
Outro detalhe absurdo é que os desejos de Rico eram descritos de forma muito detalhada, me lembrou inclusive alguns livros seculares que já li, livros que podem ser até eróticos. Ao mesmo tempo que tudo isso ocorria, o casalzinho ás vezes se amassava de um jeito que pegava fogo e mesmo assim, Ana continuava com suas missões (ou ela é inocente ou bem hipócrita, por Deus). Entre essas indas e vindas, Ana revela um segredo que não me surpreendeu, mas acho que serviu para as jovens suspirarem pela situação amorosa do casalzinho. Esse segredo aliás, foi um dos grandes motivos que impediram Ana de poder finalizar com seu querido parceiro, acredito que se não fosse isso, teria acontecido.
É preocupante tudo isso no meio cristão. Eu não me incomodaria se esse livro fosse secular, porém, ele tem vários ensinamentos e passagens cristãs sendo que os protagonistas em nenhum momento se comportavam como tal ou se arrependiam do que faziam. Ana se questionava se agia corretamente só no sentido de dizer que estava com Rico e ao mesmo tempo, com um segredo fatal que escondia, ou seja, nem para ser sincera ela servia. É muito perigoso você tentar inserir ensinamentos do Senhor e não dar exemplo do que eles mostram. Se ele protege o sexo apenas depois do casamento, por que diabos uma garota vai morar sozinha na residência do seu interesse amoroso? Onde está o vigiai ali? O livro fala de homossexualismo de forma natural também.
A obra tem uma narrativa muito bem desenvolvida e tecnicamente aceitável, porém, é uma tremenda bomba para qualquer jovem cristão. Você não deve se basear na história desse casal para sua vida, em nenhuma hipótese! Rico não é perfeito (como vi muitas resenhas afirmando) por amar a Deus e ser safado e bonitão! Ele apenas não se converteu da forma correta e NÃO AGE DE MANEIRA CERTA como um verdadeiro homem de Deus (igual o Dante). Estou bem triste e chateada, porque esperava MUITO dessa história, que ela fosse tão boa quanto a primeira, mas parece que a intenção da mesma era apenas chamar a atenção da mídia secular. Neste caso, era melhor ter feito uma obra secular do que colocar Deus no meio de tanta coisa errada.

Sem mais, o texto do site acima mencionado resume toda a minha opinião. Vamos vigiar!

Olá, pessoal.
Graças a Deus, a trilogia La Frontera está realmente ultrapassando fronteiras e alcançando muito mais do que eu imaginei que poderia alcançar.
De todos os personagens que já criei até hoje, a Jaqueline é realmente uma das "campeãs de audiência", causando muita empatia e identificação com o público. Qualquer hora dessas falo mais sobre ela por aqui, por enquanto vou só comentar sobre algumas curiosidades do primeiro livro de La Frontera para informação dos meus leitores, sejam os do Wattpad ou os dos livros físicos. Aí vão:

1- La Frontera foi escrito em um tempo recorde de 26 dias em novembro de 2016. Não foi proposital, realmente fluiu.
2 - Na época em que eu treinava a escrita de roteiros, eu escrevi uma história cujo casal principal também eram Jaqueline e Arthur. Isso foi em 2011, a história se chamava "Reviravolta" e era de temática medieval.
3 - O nome da Jaqueline inicialmente seria Jacqueline, que é como se escreve no Paraguai. Porém, optei pelo nome em português por questões estéticas do texto.
4 - O sobrenome da Jaqueline - Benitez Velásquez - foi escolhido porque foram os sobrenomes mais comuns que encontrei em uma comunidade paraguaia no Facebook.
5 - A fisionomia da Jaqueline e sua mãe Miguela são típicas das mulheres do Paraguai: cabelos pretos e longos.
 6 - Todo ano acontece em Puerto Pinasco a festa em comemoração ao dia da amizade, com parada e desfile de bandas marciais, conforme descrito na história. Puerto Pinasco é conhecido como o berço da amizade no Paraguai.
7 - O prato típico da cidade de Guaíra - PR é o Pintado na Telha, conforme descrito em uma cena da história, onde os personagens estão em uma lanchonete.
8 - Arthur, Amanda e Alberto, os irmãos Torres, são todos iniciados com a letra A, propositalmente, apesar de seus apelidos.
9 - A casa de Jaqueline tem pés de jabuticaba no quintal, remetendo à cor dos olhos dela (mensagem subliminar kkk).
10 - Ramón e Antonella, nomes muito comuns no Paraguai, também surgiram de uma pesquisa na mesma comunidade paraguaia do Facebook.
11 - Cristiano significa "cristão" em espanhol. Em uma cena, Arthur se aproveita dessa analogia.
12 - A ponte pênsil realmente existe em Guaíra.
13 - A ponte Ayrton Senna liga Guaíra - PR a Mundo Novo - MS e posteriormente a Salto Del Guairá - PY, e uma das cenas mais tensas de La Frontera se passa sobre ela.
14 - Eu refiz os trajetos das viagens dos personagens na história através do Google Maps enquanto escrevia.
15 - O tereré, bebida gelada feita com erva mate verde, é a bebida mais consumida no Paraguai e boa parte do Paraná e Mato Grosso do Sul.
16 - "Piá" e "daí" são palavreados típicos do Paraná.
17 - Em nenhum momento da história foi revelado o nome verdadeiro do Conde. Porém, isso pode acontecer no futuro.
18 - O primo da Jaqueline, chamado Jonas, na verdade se pronunciaria Ronás, com o sotaque paraguaio.
19 - Por morar em Colorado - PR, Jonas trabalha com rodeios, uma das principais atividades naquele lugar.
20 - Por também ser feito com erva mate e ser tomado em algumas regiões do Paraná, o chimarrão também aparece na história.

Eu escrevo histórias desde os sete ou oito anos de idade e vocês que acompanham o blog ou o meu trabalho estão carecas de saber disso. Portanto, vocês devem imaginar que nem sempre eu escrevi coisas dignas de serem lidas kkk.
Eu já usei a escrita como desabafo, terapia, revolta, rebeldia e como "viagem", acho que todo mundo tem direito de fazer isso, pelo menos é uma forma saudável de por pra fora suas explosões interiores, sem prejudicar a saúde, sem prejudicar ninguém, sem embarcar em outros tipos de "viagem". Mas daí até mostrar seus escritos para as pessoas, torná-los públicos, querer que gostem, ou que sejam considerados obras literárias, são outros quinhentos, né?
Mas é o que infelizmente acontece. Eu sempre soube que muitos dos meus textos não eram obras literárias, apesar de serem legais para mim e para os meus amigos. E demorou até que eu começasse a compartilhar as histórias da juvenília.
Hoje, com a explosão da internet, tudo está muito exposto e todo mundo pode tudo. É inegável que muitas portas se abriram e oportunidades surgiram (inclusive para mim e agradeço) mas também vem uma enxurrada de textos que você diz: "eu podia ter dormido sem ler isso".
Não sei vocês, mas eu não dou prosseguimento neste tipo de texto. Eu começo a ler, se não gostei, se não há qualidade, paro por ali mesmo.
Uns dias atrás, vi no Wattpad um livro adolescente, escrito por adolescente e para adolescente, com muitas visualizações e comentários. Eu fiz aquela carinha do WhatsApp, de dúvida, com a mão no queixo. Eu acredito que adolescentes podem fazer textos ótimos, especialmente porque é um dos períodos mais criativos da vida. Mas também sei do desvio de princípios que a maioria dos adolescentes de hoje sofrem, o que se reflete no que produzem, e isso inclui seus textos.
Eu fiquei horrorizada com as poucas linhas que li. A história era sobre uma "patricinha" de 15 anos, que tinha um irmão que deve ser uma caracterização da juventude de hoje: o cara só pensava em coisa errada 24 horas por dia, a ponto de atacar a irmã (com o consentimento dela) justificando que era "brincadeira". Para piorar, logo no início da história a "patricinha" foi em uma festa em uma comunidade, aonde conheceu um cara de 16 anos que era traficante e ela não sabia. Aliás, ela não sabia nem o nome dele, mas isso não impediu que com menos de dois minutos de conversa os dois tivessem relação sexual. Foi então que eu resolvi parar de ler essa história, principalmente quando percebi que bastaram poucas linhas para chegar a este ponto, mas haveria muita descrição detalhada para a questão da relação sexual.
Ou seja, qual o intuito da história? Nem foi preciso ler muito para constatar que era nada mais nada menos do que sexo gratuito. Eu abandonei o texto ao perceber a má qualidade, mas quantos jovens, adolescentes e até mesmo crianças se enveredam por esse tipo de enredo?
Pelo número de visualizações e comentários, assustadoramente isso tem agradado a muitos. Por isso me preocupo com essa juventude. Foi a mesma sensação que tive quando li Cidades de Papel, achei certos personagens nojentos.
Quando eu era adolescente, não havia toda essa facilidade de acesso à internet. Mas eu já era bem exigente em relação à textos, mesmo sabendo que os meus não eram grande coisa kkk.
Lembro de uma colega do 1º colegial, que resolveu que iria ser escritora e me entregou uma de suas histórias para dar uma opinião. Era mais ou menos assim: um garoto que foi procurar o anel perdido da amiga, perto da colmeia de abelhas e morreu picado por um enxame (oops, tô detectando Sessão da Tarde, Meu Primeiro Amor aqui?) daí a menina ficou depressiva e todo dia ia chorar no túmulo do menino.
Eu não lembro mais do resto e não lembro se li o resto. Acho que sim. Só sei que era muito melodramático e eu questionei qual era a intenção da minha colega autora com aquele texto. Se era fazer chorar, comigo falhou.
Depois ela me deu um outro texto, inspirado no clipe Stronger da Britney Spears, onde uma menina traída começa um plano de vingança, que incluía entrar em uma festa com uma bola de demolição (pan! Erro do Windows). Depois que ela se vingava vinha aquela sensação de... nada. Pelo menos foi o que eu senti.
Também teve uma outra colega, em outra escola, no 2º colegial, que resolveu escrever e também me pediu para ler. O problema é que ela era viciada naqueles romances de banca de jornal, que eu nem sei se ainda existem. Minha mãe sempre dizia que eles tinham qualidade questionável, e como fonte de inspiração dessa colega, acho que era verdade.
No início da história, os personagens principais já eram apresentados com seus nomes americanos (Kate e esqueci o nome do cara), o que já me deixou com o pé atrás. Depois vinha uma longa descrição de seus atributos físicos, ela uma espécie de Barbie, e ele uma espécie de Brad Pitt com Whey Protein kkk. Eu não consegui passar disso, já sabia no que ia resultar.
Bom, minhas experiências com a literatura na adolescência não foram as melhores, e não digo isso por causa do processo de criação de meus colegas kkk. Tudo o que era considerado clássico e era obrigatório na escola me dava vontade de não ler nada nunca mais.
Eu não me acho a melhor escritora do mundo, mas uma coisa pode ter certeza: eu só quero fazer o meu leitor pensar. E se conseguir, missão cumprida.

Leia também: Lixo por toda parte.
                       Lixo por toda parte - parte 2.
O lançamento de La Frontera 2 foi um evento virtual e fechado, somente para colaboradores e pessoas que acompanham de perto o meu trabalho.
Optei por esse modelo de lançamento como forma de agradecer a todos aqueles que, direta ou indiretamente colaboram na concepção das histórias. E também porque para fazer um evento online para um público maior é preciso treinar primeiro com vários eventos menores.
Em se tratando de eventos presenciais, haverá um entre Setembro e Outubro, que será o lançamento de La Frontera 3, no Salão do Livro de Presidente Prudente.
No live de lançamento de La Frontera 2, eu respondi as seguintes perguntas que me foram enviadas:

Érika (Rondonópolis - MT): O que te inspira a continuar escrevendo? Pretende fazer do La Frontera uma trilogia?
O que me inspira a continuar escrevendo é ver na escrita uma forma de conscientizar as pessoas sobre como podemos melhorar. Não são histórias escritas com o objetivo de fazer com que as pessoas passem tempo, mas de passar uma mensagem mais profunda.
La Frontera já é uma trilogia, o terceiro livro já está escrito, mas ainda não está editado, que é uma fase mais demorada do que a própria escrita em si. Acredito que será o último da série. Digo acredito porque não pretendia fazer uma trilogia, apenas um livro, mas fluiu bem e as pessoas pediram uma continuação. 

Júnior (Regente Feijó - SP): La Frontera 2 é inspirado em fatos do seu cotidiano?
O que tem do meu cotidiano no livro é a minha Fé. Minha Fé faz parte da minha vida e alguns personagens pensam como eu. Mas a realidade da história é completamente diferente da minha e da maioria das pessoas daqui da onde vivo. O cenário, a situação, a localização, são bem fora da realidade de muitos de nós, mas não é nada surreal, poderia acontecer com qualquer um.

Adamine (Taciba - SP): O tipo de fala dos personagens como "daí" e "piá" são típicas do lugar onde a história se passa? Você pesquisou o jeito de falar das pessoas para inserir no livro também?
A história se passa no Paraná, por isso os personagens tem sotaque paranaense, mas não de forma exagerada. Usei muito o "daí" e o "piá", bem como algumas gírias do Mato Grosso do Sul também, já que Guaíra fica nas proximidades. 
Eu fiz algumas pesquisas sobre o sotaque do Paraná, mas a inspiração real foram os paranaenses com os quais convivo e convivi, e também o que escutava sempre que ia lá.

Isabeli (São Paulo - SP): Gostaria que suas histórias virassem filmes? Por quê?
Sem dúvida. Acho que todo escritor acha o máximo ver sua história virando um filme, pois é uma forma de conhecer outras visões que tiveram sobre o texto.
Aqui no Brasil as pessoas vêem mais filmes do que lêem livros, então seria uma forma de popularizar a história também.

Juliani (Regente Feijó - SP):  Os lugares citados no livro, como por exemplo a lanchonete que a Jaqueline trabalhava, foram criados por você ou são lugares visitados por você em suas viagens a Guaíra e Paraguai?
A maioria dos lugares citados na história de fato existem, como as Marinas, a Ponte Ayrton Senna, a ponte pênsil, etc. A lanchonete foi um lugar que eu vi perto da ponte pênsil em uma das minhas viagens a Guaíra, mas eu não sei ao certo se era uma lanchonete, só sei que era um lugar para comer kkk. Aquela região é muito interessante e inspiradora, não há dificuldade para se criar cenários ali.

Cíntia (Presidente Prudente - SP): O que te inspirou para escrever o livro?
Percebi que a maioria das pessoas têm uma dificuldade muito grande em enxergar umas às outras por dentro. Julgam pela aparência, pensam apenas em si mesmas e não param para tentar ver o que há por trás do olhar triste de certas pessoas, não vêem o interior, o histórico, as lutas daquela pessoa.
Então a história foi uma forma de tentar incentivar o público a procurar enxergar seu próximo por dentro, além de fazer refletir sobre a verdadeira Fé, representada pelo personagem do Arthur, que não desistiu da Jaqueline apenas por esse motivo.

Maria Eduarda (Água Boa - MT): La Frontera 2 conta a história de Arthur e Jaqueline ou conta sobre a irmã e o irmão do Arthur?
Continuamos acompanhando a trajetória do Arthur e da Jaque, que agora têm desafios ainda maiores para enfrentar. Mas também continuamos acompanhando o Beto e a Amanda, além de novos personagens que surgem dificultando algumas coisas.
La Frontera 2 é o recheio do bolo, a transição do primeiro para o terceiro, que é o conflito final.

Soellyn (Regente Feijó - SP): O que podemos esperar de novidade em La Frontera 2? Principalmente com o Arthur e a Jaque...
Não posso dar spoiler, mas posso garantir que tem muitas novidades para o Arthur e a Jaque. O final do La Frontera 1 mostra que após cinco anos eles estão juntos e têm um filho, mas o La Frontera 2 e também o 3, mostram a trajetória deles até chegar nesse ponto. E pode crer que foi uma aventura e tanto que eles passaram.

André (Indiana - SP): Na continuação podemos esperar novos personagens?
Sim, alguns deles na verdade são fantasmas do passado, pessoas que fizeram parte da vida dos protagonistas antes e que voltam para criar problemas para eles.

Larissa (Taciba - SP): De onde vem os personagens? Alguns deles tem a forma de pensar ou agir de alguém que conhece?
Os personagens não são "xerox" dos meus conhecidos, mas também não surgem do nada. No meu dia- a-dia eu observo muito o comportamento, as ações e reações das pessoas e fico tentando entender o porquê de agirem daquela forma. Eu levanto hipóteses sobre o comportamento das pessoas e faço fusões de personalidades.
Ou seja, eu pergunto a mim mesma: Por que será que essa pessoa age assim ou assado? A resposta hipotética para essa pergunta já vai me dar uma ideia. E se eu pegar a resposta sobre a personalidade dessa pessoa e fundir com a resposta sobre o comportamento de uma outra pessoa, vai dar um ótimo personagem e uma ótima história. Na maioria das vezes é assim que funciona. A Jaqueline nasceu assim.
O Arthur não, ele é uma idealização sobre o que eu penso de como um homem deveria se comportar, mesmo com defeitos (e ele tem defeitos), ele é o mensageiro do que eu quero transmitir na história e é uma junção de tudo o que vejo de melhor nas pessoas que conheço.

Alexandra (Taciba - SP): La Frontera 2 é um livro onde o Paraguai também foi sua inspiração? Sabemos que na vida temos que atravessar fronteiras para chegarmos onde queremos. O livro tem como objetivo ajudar a atravessar essas fronteiras? Se tem, como?
O título La Frontera é exatamente sobre isso. É um título enigmático, pois não se trata apenas de atravessar a fronteira do Brasil para o Paraguai, mas atravessar a fronteira da dúvida para a certeza, do medo para a Fé.
Tanto o Arthur quanto a Jaqueline tiveram que atravessar suas fronteiras interiores para que um conseguisse entrar no mundo do outro. Essa é a mensagem que quero transmitir, que temos que atravessar nossas próprias fronteiras.
Em relação ao Paraguai, continuamos falando sobre nosso país vizinho nesse e no próximo livro. Foi uma forma de mostrar que o Paraguai não é só aquilo que nos falam. Há muito mais para se conhecer e respeitar.

Valdete (Taciba - SP): Podemos esperar algo surpreendente entre Arthur e Jaqueline em La Frontera 2?
Sem dúvida! Mas não posso falar rsrs. Mas é muito surpreendente tudo o que acontece com eles, e acho que se muitos leitores já os consideravam velhos conhecidos, agora então vão considerar mais ainda, pois os conhecerão muito melhor.

Leandra (Regente Feijó - SP): La Frontera 2 é só sobre a continuação de Arthur e Jaqueline?
A história dos dois toma um rumo, cheio de desafios, mas toma um rumo. Por causa desses desafios, a gente vai entendendo melhor outros personagens também. Um personagem que aparece com grande destaque em La Frontera 2 é o Beto, que irá surpreender os leitores. Vão amá-lo ou odiá-lo. kkk.